quinta-feira, 3 de abril de 2025

Baixistas do Rock - Parte 1

Olá, pessoal!

Iniciamos neste mês uma nova coluna dedicada ao estudo do Rock n' Roll, um dos gêneros mais populares no Brasil, mesmo com suas raízes fincadas nos EUA e na Inglaterra. Esta coluna será dividida em duas aulas para cada baixista, explorando inicialmente os elementos rítmicos e harmônicos de seu estilo, e em uma segunda aula, focando em articulação, execução e exemplos práticos de suas linhas de baixo. Ao final, também darei sugestões de músicas para complementar os estudos. Lembre-se: o estudo das músicas de seus baixistas preferidos é fundamental para entender os caminhos que o Rock n' Roll oferece. O gênero tem sido transmitido de geração em geração, com baixistas sempre se baseando nos ídolos que os precederam.

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

Para conferir alguns dos trabalhos e artigos que publiquei, acessem o link:

http://www.femtavares.com.br/p/midiaimpressa-fernandotavares-sempre.html

Para obter mais informações, entrem em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com

Redes sociais:

Facebook: https://www.facebook.com/femtavares

Instagram: https://www.instagram.com/femtavaresbaixo

Paul McCartney

Para começar, vamos estudar Paul McCartney, um dos baixistas mais influentes da história do Rock.

Paul McCartney, que nasceu em 18 de junho de 1942, em Liverpool, na Inglaterra, é um dos artistas mais influentes e bem-sucedidos da história do rock e da música pop. "Hey Jude", "Let It Be", "Yesterday" e "Yesterday" são algumas das músicas mais emblemáticas dos Beatles, compostas por McCartney. Com John Lennon, estabeleceu uma das colaborações de composição mais frutíferas e bem-sucedidas na história da música.

Depois da separação dos Beatles em 1970, McCartney iniciou uma carreira independente, obtendo grande sucesso com seu projeto Wings na década de 70, além de uma extensa trajetória como artista independente. Durante sua trajetória profissional, Paul McCartney se destacou como um ativista das questões ambientais e dos direitos dos animais, mantendo uma carreira musical movimentada por lançamentos de álbuns, apresentações ao vivo e parcerias com outros músicos.

McCartney é conhecido não só pela sua carreira musical, mas também pela sua competência como multi-instrumentista, executando não só o baixo, mas também guitarra, piano, bateria e outros instrumentos. Durante sua trajetória profissional, ele foi agraciado com diversos prêmios e honrarias, como a Ordem do Império Britânico (MBE) e diversos Grammy Awards. O seu patrimônio musical, seja com os Beatles ou em sua carreira solo, persiste como uma influência crucial para várias gerações de músicos globalmente.

McCartney reflete bem o que aconteceu na década anterior ao surgimento dos Beatles, quando ele tocava covers de seus artistas favoritos, como Chuck Berry, Elvis Presley e, especialmente, Buddy Holly. Vamos também explorar elementos do Rock dessa fase e entender o impacto duradouro do legado de Paul para os baixistas posteriores.


Exemplo 1: Levando o Rock com Tríades Maiores

Neste exemplo, temos uma levada utilizando semínimas e as tríades maiores (Fundamental, Terça Maior e Quinta Justa) dos acordes C, F e G, que correspondem aos acordes I, IV e V da tonalidade de Dó maior — os acordes mais importantes no Campo Harmônico.

Estude essas tríades e toque-as nas seguintes sequências:

C, C, C, C, F, F, C, C, G, F, C, G
C, C, C, C, F, F, C, C, G, G, C, C

Em notação analítica (com os acordes I, IV e V):
I, I, I, I, IV, IV, I, I, V, IV, I, V
I, I, I, I, IV, IV, I, I, V, V, I, I

Esta sequência de acordes foi amplamente utilizada no início do Rock n' Roll, tornando-se a base para muitos sucessos posteriores.

Transporte a sequência para outros tons. Exemplo em Lá:
I = A, IV = D e V = E, então a sequência fica:
A, A, A, A, D, D, A, A, E, D, A, E

Sugestões de repertório:

  • Tutti Frutti (em Fá)
  • Blue Suede Shoes (em Lá)
  • Johnny B. Goode (em Bb)
  • Rock Around the Clock (em Lá)


Exemplo 2: Introdução à Tríade Menor

Neste exemplo, introduzimos a tríade menor em nossos estudos. A combinação de acordes menores no contexto do Rock cria uma sonoridade única, especialmente nos momentos mais melódicos e intimistas das músicas.


Exemplo 3: Base com a Pentatônica Maior

Aqui, criamos uma base utilizando a Pentatônica maior. Aplique-a na sequência de acordes apresentada anteriormente (Exemplo em Lá). Esta abordagem é fundamental no Rock, já que a pentatônica é uma das escalas mais utilizadas nas linhas de baixo, conferindo à música uma sonoridade mais simples e direta, característica do estilo.


Exemplo 4: Variação Rítmica

Neste exemplo, trabalhamos uma variação rítmica utilizando semínima pontuada e colcheias nos dois primeiros tempos. Esta variação é frequentemente empregada por Paul McCartney e outros baixistas para tocar músicas mais lentas, conferindo um groove mais swingado e descontraído. O exemplo é retirado da música "Do You Want to Know a Secret".


Sugestões de Músicas de Paul McCartney para Complementar os Estudos

  • Eight Days a Week
  • All My Loving
  • I Saw Her Standing There
  • Help

Sugestões de Álbuns e Artistas para Esta Coluna

  • Elvis PresleyElvis Presley (1956) pela BMG Music
  • The BeatlesPlease, Please Me, With the Beatles e Beatles for Sale pela EMI Records

Para obter mais informações, entrem em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com

Redes sociais:

Facebook: https://www.facebook.com/femtavares

Instagram: https://www.instagram.com/femtavaresbaixo

Bons estudos e até a próxima coluna!

Fernando Tavares utiliza cordas Giannini e cabos Datalink.

segunda-feira, 31 de março de 2025

Harmonia - Aula 03 - Escala Maior - Digitações

Olá, pessoal!

Estamos de volta com a terceira parte do curso de Harmonia, e, nesta coluna, vamos explorar as digitações da Escala Maior.

Revisando os conceitos

Lembrando que, na primeira parte, explicamos como as escalas são formadas. Agora, focaremos em como aplicá-las no instrumento por meio de diferentes digitações.


Exemplo 1

No primeiro exemplo, apresentamos a escala maior em duas digitações. A Digitação 1 é a mais comum e amplamente utilizada, enquanto a Digitação 2 é popular entre músicos de Rock, devido à sua flexibilidade e estilo característico.


Exemplo 2

No segundo exemplo, também mostramos a escala maior em duas digitações. Desta vez, exploramos todas as quatro cordas do contrabaixo, ampliando o alcance e a aplicação prática. Assim como no exemplo anterior:

  • Digitação 1: A mais utilizada em diversos gêneros musicais.
  • Digitação 2: Aplicada com frequência por músicos de Rock.


  • Pratique as digitações com calma, começando em um andamento confortável.
  • Assim que dominar a escala em uma posição, transporte-a para uma nova fundamental. Isso ajudará a consolidar a técnica e a compreensão do braço do contrabaixo.

Recursos adicionais

Confira o vídeo explicativo para acompanhar os exemplos na prática.

Vídeo


Para mais informações ou dúvidas, entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com.

Redes sociais:


Bons estudos e até a próxima coluna!

Fernando Tavares utiliza cordas Giannini e cabos Datalink.


segunda-feira, 24 de março de 2025

O estilo musical de Jack Bruce - Parte 2

 Olá, pessoal!

Nesta semana, apresento a segunda parte da coluna sobre o estilo musical de Jack Bruce (1943–2014).

Nela, falaremos mais sobre as suas lendárias linhas de baixo.

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

Para conferir alguns dos trabalhos e artigos que publiquei, acessem o link:

http://www.femtavares.com.br/p/midiaimpressa-fernandotavares-sempre.html

Para obter mais informações, entrem em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com


Análise das Linhas de Baixo de Jack Bruce

Rusty Lady – Intro

Aqui, a escala pentatônica menor novamente serve de base para a construção de frases melódicas de impacto.


Tales of Brave Ulysses – Voz – 0:30

Bruce toca as notas fundamentais dos acordes, exceto em G/B, onde destaca a terça (B), criando uma inversão que enriquece a textura harmônica.


Apostrophe' – Tema A

Na obra de Frank Zappa, Bruce utiliza a escala pentatônica de Mi menor para construir o tema principal, demonstrando sua versatilidade em diferentes estilos musicais.


Apostrophe' – Solo de Baixo – 0:17

Durante o solo, Bruce adota uma abordagem modal, explorando escalas como Ré mixolídio e C maior, adicionando complexidade harmônica com o uso de “blue notes”.


Drone – Voz – 0:57

A composição utiliza um compasso incomum (11/8), onde a escala pentatônica menor forma a base para frases melódicas que desafiam as convenções rítmicas tradicionais.


Conclusão

Jack Bruce foi muito mais do que um baixista; ele era um visionário musical que transformou o papel do baixo elétrico em diversos gêneros musicais. Sua habilidade de mesclar técnica avançada, sensibilidade melódica e inovação rítmica é uma referência para músicos até os dias atuais. Ao longo de sua carreira, ele não apenas explorou a versatilidade do instrumento, mas também expandiu os limites de sua aplicação musical, criando um legado atemporal que continua a inspirar novas gerações de artistas.


Redes sociais:

Facebook: https://www.facebook.com/femtavares

Instagram: https://www.instagram.com/femtavaresbaixo


Bons estudos e até a próxima coluna!

Fernando Tavares utiliza cordas Giannini e cabos Datalink.

sexta-feira, 21 de março de 2025

Transcrição - Apostrophe' Trio - Ventos da Liberdade

 

Olá, pessoal!

Em 2017, lancei um CD com o Apostrophe' Trio e disponibilizarei as transcrições aqui neste site ao longo deste ano.

Nesta semana, temos a transcrição da música Ventos da Liberdade.

A música foi composta por mim entre os anos de 2005 e 2006. Ela conta com duas partes, A e B, feitas em Si bemol Lídio e Lá Lídio, respectivamente. 

Ela ainda contém um interlúdio com solos e frases utilizando a escala DomDim e Lídio.

É possível ouvir o álbum no Spotify, no YouTube ou em outras plataformas de streaming.


Youtube:



Ventos da Liberdade


Página 01






Página 02




Página 03



Apostrophe' Trio: Ventos da Liberdade

Música por Fernando Tavares

Performance:
Fernando Tavares: Contrabaixo
Lucas Barbosa Fragiacomo: Guitarra
Thiago Sonho: Bateria

Gravado, mixado e masterizado por Armando Leite no Estúdio Tecnoarte!
Produzido por Fernando Tavares

Abraços e até a próxima coluna!